Olho e não vejo. O tempo adormece o desejo.
Parece um dia como outro qualquer;
Estou distante e esquecida andando pelas ruas da vida,
A procura de um rastro qualquer que me traga de volta.
Borboletas dançantes ocupam meu jardim sem festa.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Só para ser bonitinha 2...
Só par ser bonitinha
tira a calcinha
come brigadeiro de mão...
Põe vinho para gelar
faz chá,
Só para ser minha bonitinha.
tira a calcinha
come brigadeiro de mão...
Põe vinho para gelar
faz chá,
Só para ser minha bonitinha.
Só para ser bonitinha 1...
Só para ser bonitinha,
te mandei uma cartinha,
te mandei flores,
confissão.
Só para ser a sua bonitinha...
te mandei uma cartinha,
te mandei flores,
confissão.
Só para ser a sua bonitinha...
Aborto
Recentemente fui levada a pensar no peso cultural, social, político, filosófico, feminista, religioso
nas suas mais diversas apreensões e no que pensam a cerca das que pensam sobre a questão.
Não há espanto na minha consfissão,
somos protagonistas da revolução.
nas suas mais diversas apreensões e no que pensam a cerca das que pensam sobre a questão.
Não há espanto na minha consfissão,
somos protagonistas da revolução.
Preciso saber aonde estão os meus livros.
em que paragens se estendem meus amigos,
em que noite adormeci.
Precisa saber coisas que não sei, nomes,
lugares, objetos, pessoas, conceitos, receitas,
planetas, árvores, poesias...
preciso saber alegrias,
notícias de amigas distantes.
Preciso saber ir,
deixar vir,
trans in migrar,
desaprender.
Hora haverá em que não
vou precisar mais saber.
em que paragens se estendem meus amigos,
em que noite adormeci.
Precisa saber coisas que não sei, nomes,
lugares, objetos, pessoas, conceitos, receitas,
planetas, árvores, poesias...
preciso saber alegrias,
notícias de amigas distantes.
Preciso saber ir,
deixar vir,
trans in migrar,
desaprender.
Hora haverá em que não
vou precisar mais saber.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Esperar
Essa noite sonhei que é bom esperar.
Espera com criança,
vira esperança.
A vida é para já!!!
Nereida
fev/2010
Espera com criança,
vira esperança.
A vida é para já!!!
Nereida
fev/2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
DIA EM MAIO
Amo dias frios. Abro a janela e o vento sopra a chuva pra dentro de mim. Amo as palavras, elas dedicam um tempo ao fim, fecham em si mesmas o que o tempo e a vida deixam abertos, rastream no círculo dos anos as mudanças, as lembranças, as lacunas de sim e de não, a homeopática solidão de dias diversamente perdidos em anos contrários, a confusão . Hoje o poeta traduziu “dia branco”, eu não sei o que isso significa, mas tênue luz se incorpora, penso nos amores de outrora, na lucidez das horas doces, na delícia aflita de desejos incontidos, na pulsação de ventres como o mar revolto, chuva cai resoluta, imediata, desafiando tudo que não pode ser, diálogos escritos ao contrário, temerário paladar.
Escrevo hoje por ti, não para ti, escrevo por dias vagados entre lojas e sonhos de consumo e compromisso, de ilusão e saudade, escrevo para aplacar essa saudade de te ser comum, idônea, gentilmente pessoa, cidadã do universo, quase ausente em tua história. Te escrevo porque por agora o dia cala, a noite que não veio ainda virá comovida embebedar-me. Escrevo por amar-te e o teu rosto disposto em sonho, do que vivi e não sei se vivi, pois acordada ainda durmo à tua espera ...
Amo dias frios. Abro a janela e o vento sopra a chuva pra dentro de mim. Amo as palavras, elas dedicam um tempo ao fim, fecham em si mesmas o que o tempo e a vida deixam abertos, rastream no círculo dos anos as mudanças, as lembranças, as lacunas de sim e de não, a homeopática solidão de dias diversamente perdidos em anos contrários, a confusão . Hoje o poeta traduziu “dia branco”, eu não sei o que isso significa, mas tênue luz se incorpora, penso nos amores de outrora, na lucidez das horas doces, na delícia aflita de desejos incontidos, na pulsação de ventres como o mar revolto, chuva cai resoluta, imediata, desafiando tudo que não pode ser, diálogos escritos ao contrário, temerário paladar.
Escrevo hoje por ti, não para ti, escrevo por dias vagados entre lojas e sonhos de consumo e compromisso, de ilusão e saudade, escrevo para aplacar essa saudade de te ser comum, idônea, gentilmente pessoa, cidadã do universo, quase ausente em tua história. Te escrevo porque por agora o dia cala, a noite que não veio ainda virá comovida embebedar-me. Escrevo por amar-te e o teu rosto disposto em sonho, do que vivi e não sei se vivi, pois acordada ainda durmo à tua espera ...
Como enfrentar o novo, preciso de socorro, amor perdido, um tipo de maldade que ainda não decifro.
Preciso de fé, lâmina nova na minha espada, luz na estrada,
Um caminho escuro e esquisito, um inimigo que mora nesse velho peito aflito.
Anseio um carinho, uma palavra, um gesto, um denguinho.
Aviso aos navegantes, não sobra nada do que era antes, será que um dia vou aprender, vou deixar de esperar, vou resistir ao querer?
Amanhece mais um dia, e rompe uma saudade-antiguidade, pássaros voam aos bandos, sinto-me estranha, desligada de tua realidade, da minha realidade, uma canção me faz lembrar que a vida morre, que o tempo corre por sobre todas as coisas.
Sigo sozinha na cidade escura e quente, no intermitente, na contramão da explicação, num desabafo.
Percorri tantos lugares, tantas vegetações, fiquei mais forte pra chorar pela morte, pra enterrar a ilusão, pra me acompanhar só de estrelas, fiquei inteira.
No mar, na caatinga, no sertão, na extremidade entre o sim e o não, aonde as palavras não chegam, ponta dos pés, dor de sapatilha apertada, lugares de antes já tão distantes, amigos de outrora em nova aurora boreal...
Respirar o ar, encher pulmões, interiorizar repetições, convercer-me que cresci, que é normal perder, seguir, deixar, esquecer, sentir, sem-ti...
Avançar com o que sobrou, pequena borboleta amarela entre o mato verde, tentar ser feliz, sonho no vento, alegria em pensamento, urgência de viver até o fim!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Preciso de fé, lâmina nova na minha espada, luz na estrada,
Um caminho escuro e esquisito, um inimigo que mora nesse velho peito aflito.
Anseio um carinho, uma palavra, um gesto, um denguinho.
Aviso aos navegantes, não sobra nada do que era antes, será que um dia vou aprender, vou deixar de esperar, vou resistir ao querer?
Amanhece mais um dia, e rompe uma saudade-antiguidade, pássaros voam aos bandos, sinto-me estranha, desligada de tua realidade, da minha realidade, uma canção me faz lembrar que a vida morre, que o tempo corre por sobre todas as coisas.
Sigo sozinha na cidade escura e quente, no intermitente, na contramão da explicação, num desabafo.
Percorri tantos lugares, tantas vegetações, fiquei mais forte pra chorar pela morte, pra enterrar a ilusão, pra me acompanhar só de estrelas, fiquei inteira.
No mar, na caatinga, no sertão, na extremidade entre o sim e o não, aonde as palavras não chegam, ponta dos pés, dor de sapatilha apertada, lugares de antes já tão distantes, amigos de outrora em nova aurora boreal...
Respirar o ar, encher pulmões, interiorizar repetições, convercer-me que cresci, que é normal perder, seguir, deixar, esquecer, sentir, sem-ti...
Avançar com o que sobrou, pequena borboleta amarela entre o mato verde, tentar ser feliz, sonho no vento, alegria em pensamento, urgência de viver até o fim!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Arma-se a bancada e as pessoas bancam insaciadas, cumprir as penas, seguir à risca.
As leis deixam sempre alguma pista.
Todos calam, todos falam, poucos concordam.
Pensamentos mal concebidos, cada um dentro de si, a multiplicidade
Toda, a diarréia da concepção.
As tantas portas ilimitadas para o caminho da salvação.
A Glória ou O Glória?
O Tick resplandecente de uma nova era,
Onde não mais se espera gente ser gente,
Onde as palavras são de uma total confusão.
Onde não se vence porque é mais democrático perder.
As leis deixam sempre alguma pista.
Todos calam, todos falam, poucos concordam.
Pensamentos mal concebidos, cada um dentro de si, a multiplicidade
Toda, a diarréia da concepção.
As tantas portas ilimitadas para o caminho da salvação.
A Glória ou O Glória?
O Tick resplandecente de uma nova era,
Onde não mais se espera gente ser gente,
Onde as palavras são de uma total confusão.
Onde não se vence porque é mais democrático perder.
Portas e janelas se fecham.
Uma inquietação invade o quarto
E um mistério revoa no frio.
Um homem sem corpo se senta ao sofá
E lê meus pensamentos.
Se move e pára.
Tem todos os elementos e não pode nada.
Irredutível e pasmo, faz-se e desfaz-se.
Contínua vida de altos e baixos,
Espectro triste, atmosférico e enfático.
O fantasma do 001
É facilmente notado.
É só procurar no espelho e o notarás meio pálido.
Uma inquietação invade o quarto
E um mistério revoa no frio.
Um homem sem corpo se senta ao sofá
E lê meus pensamentos.
Se move e pára.
Tem todos os elementos e não pode nada.
Irredutível e pasmo, faz-se e desfaz-se.
Contínua vida de altos e baixos,
Espectro triste, atmosférico e enfático.
O fantasma do 001
É facilmente notado.
É só procurar no espelho e o notarás meio pálido.
Componho versos sem ritmo.
Acompanho jornais de outros dias.
Países, plásticos e um momento suspenso.
Onde não penso. Onde não...
Sem notícia, sem esperança, inerte,
Prazer de existir.
Deixo-me ir.
Estendo ao sol,
Alço vôo pelo simples prazer
De conhecer o movimento.
Do outro lado do mundo,
Caminho e todos somos iguais.
Fomos, somos, hoje, ontem,
Não importa quando.Ando_ e o oriente se produz infinito no ventre do ser.
Acompanho jornais de outros dias.
Países, plásticos e um momento suspenso.
Onde não penso. Onde não...
Sem notícia, sem esperança, inerte,
Prazer de existir.
Deixo-me ir.
Estendo ao sol,
Alço vôo pelo simples prazer
De conhecer o movimento.
Do outro lado do mundo,
Caminho e todos somos iguais.
Fomos, somos, hoje, ontem,
Não importa quando.Ando_ e o oriente se produz infinito no ventre do ser.
A sua aparição se repete sempre em intervalos a dois.
Sumir depois e retornar,
Projetar planos de futuro no escuro,
Nas ânsias de duras carícias.
Eternos estranhos se beijando,
Sumindo nas ruas sem luas,
Se escondendo, se entregando,
Negando a realidade.
És uma mentira verdadeira
E é crer ou não queira.
Não creio e cansei de quero,
Espero nunca mais.
Sumir depois e retornar,
Projetar planos de futuro no escuro,
Nas ânsias de duras carícias.
Eternos estranhos se beijando,
Sumindo nas ruas sem luas,
Se escondendo, se entregando,
Negando a realidade.
És uma mentira verdadeira
E é crer ou não queira.
Não creio e cansei de quero,
Espero nunca mais.
Para meu pai:
De todas as maneiras não ditas e ditas
Talvez com insensatez.
Na escuridão de um momento,
Nas laterais de um sentimento,
Ficam abertas,
Expostas ao mundo.
Nasci ontem, anteontem, antes de todos os hojes,
Nasci de você e cresci ao perceber balas redondas,
Noites negras, chão frio.
Quando tudo parecia despertar e em torno de mim,
O de sempre,
Aquele que esteve presente na minha dor,
Na minha alegria, então descobria
O meu amor por você, antigo e forte a me guiar,
A ser luz.
Pelo que sei e também não sei,
Pelo que és.
Tua fronte envelhecida,
Teus olhos bravos,
Teus cabelos calvos,
Tua musculatura cansada,
Mas reanimada pela minha certeza de proteção.
Porque onde vais, levas também meu coração
E onde estou,
Guardo-me do medo de enfrentar a vida sozinha.
Pai sou tua menininha e tu,
o meu herói,
o que me salva mesmo quando não estou em perigo.
De todas as maneiras não ditas e ditas
Talvez com insensatez.
Na escuridão de um momento,
Nas laterais de um sentimento,
Ficam abertas,
Expostas ao mundo.
Nasci ontem, anteontem, antes de todos os hojes,
Nasci de você e cresci ao perceber balas redondas,
Noites negras, chão frio.
Quando tudo parecia despertar e em torno de mim,
O de sempre,
Aquele que esteve presente na minha dor,
Na minha alegria, então descobria
O meu amor por você, antigo e forte a me guiar,
A ser luz.
Pelo que sei e também não sei,
Pelo que és.
Tua fronte envelhecida,
Teus olhos bravos,
Teus cabelos calvos,
Tua musculatura cansada,
Mas reanimada pela minha certeza de proteção.
Porque onde vais, levas também meu coração
E onde estou,
Guardo-me do medo de enfrentar a vida sozinha.
Pai sou tua menininha e tu,
o meu herói,
o que me salva mesmo quando não estou em perigo.
Tudo é veleidade, é imperfeito, não tem jeito
De voltar no tempo
E não entrar na carruagem,
Não dizer bobagem,
Não te amar.
Retiro o amor,
Ponho horror, medo, sedução,
Ponho a promessa feliz de uma doce ilusão.
Pus toda minha juventude,
Pus o que pude.
Meus restos de esperança,
Minhas lembranças,
Minhas vitórias são minhas maiores derrotas.
Não ponho mais nada,
Apenas um fim nessa triste estrada.
De voltar no tempo
E não entrar na carruagem,
Não dizer bobagem,
Não te amar.
Retiro o amor,
Ponho horror, medo, sedução,
Ponho a promessa feliz de uma doce ilusão.
Pus toda minha juventude,
Pus o que pude.
Meus restos de esperança,
Minhas lembranças,
Minhas vitórias são minhas maiores derrotas.
Não ponho mais nada,
Apenas um fim nessa triste estrada.
Para Leiloca:
Exceto pela noite negra que te envolve, és luz.
Exceto pela luz noite que tu és...
A lua se farta na tua negritude,
Os animais te cantam porque te amam,
te amam e dormem
e tu ó negra mulher,
ó canção dos loucos,
deusa mansa,
dás função à luz, dás sentido aos sonhos
que acendem apenas quando fechamos os olhos.
Exceto pela noite negra que te envolve, és luz.
Exceto pela luz noite que tu és...
A lua se farta na tua negritude,
Os animais te cantam porque te amam,
te amam e dormem
e tu ó negra mulher,
ó canção dos loucos,
deusa mansa,
dás função à luz, dás sentido aos sonhos
que acendem apenas quando fechamos os olhos.
É completo o silêncio dentro de ti.
Tua rosa, meu espinho.
Não tenho nada pra falar.
Calar pra te ver dormindo.
Para ir mais, correr
Atrás dos teus sonhos,
Da imensidão que sei,
Existe e até parece triste.
Tão triste como contemplar o mar no deserto.
Tudo está tão perto.
Ser devagar, apenas deixar seguir,
O mundo assobia a poesia
E nós dois juntos, o ritmo do amor.
Tua rosa, meu espinho.
Não tenho nada pra falar.
Calar pra te ver dormindo.
Para ir mais, correr
Atrás dos teus sonhos,
Da imensidão que sei,
Existe e até parece triste.
Tão triste como contemplar o mar no deserto.
Tudo está tão perto.
Ser devagar, apenas deixar seguir,
O mundo assobia a poesia
E nós dois juntos, o ritmo do amor.
Eu pensei ter algo novo para te falar.
Eu pensei calar e não calei...
Deixei as palavras no trampolim do silêncio,
esgotei o momento.
Eu queria ser última, anoitecer na tua vida.
Abriu-se então uma ferida e eu no centro,
Sentindo dor, causando dor, amor.
Eu não sei se passado tem cura
E se algum dia eu me perdoaria de ter virado a esquina
ter deixado para trás a nossa história tão linda.
Eu pensei calar e não calei...
Deixei as palavras no trampolim do silêncio,
esgotei o momento.
Eu queria ser última, anoitecer na tua vida.
Abriu-se então uma ferida e eu no centro,
Sentindo dor, causando dor, amor.
Eu não sei se passado tem cura
E se algum dia eu me perdoaria de ter virado a esquina
ter deixado para trás a nossa história tão linda.
Invado a minha dor.
Adiante de mim, o sol escapulido derrete,
E sua luminosidade me remete ao cosmos.
Estou pálida, estou lua, nua de morrer.
Não sei saber. Não saber não quero.
Agora não espero o tempo e percebo
Que toda cor é transmutável.
Vou ali, caio aqui
E me levanto para erguer o oriente,
Para brilhar hoje mais que tudo.
Apago o escuro e sopro o vento e
dentro mim uma estrela adormece minha dor.
Adiante de mim, o sol escapulido derrete,
E sua luminosidade me remete ao cosmos.
Estou pálida, estou lua, nua de morrer.
Não sei saber. Não saber não quero.
Agora não espero o tempo e percebo
Que toda cor é transmutável.
Vou ali, caio aqui
E me levanto para erguer o oriente,
Para brilhar hoje mais que tudo.
Apago o escuro e sopro o vento e
dentro mim uma estrela adormece minha dor.
Uma vida vale enquanto dura.
Dura a vida um minuto na fartura.
No mesmo sempre, a velha indecisão.
Deixar-me ir ou me esconder na solidão?
Futura é a dor de quem se nega a ser,
Provável é o medo que nos condena a morrer.
No antigo cair da noite, os sonhos, a doce ilusão.
E tudo se repete distante do meu coração.
Dura a vida um minuto na fartura.
No mesmo sempre, a velha indecisão.
Deixar-me ir ou me esconder na solidão?
Futura é a dor de quem se nega a ser,
Provável é o medo que nos condena a morrer.
No antigo cair da noite, os sonhos, a doce ilusão.
E tudo se repete distante do meu coração.
Folhas secas cobrem o chão.
Poderia ser só isso, mas não é.
Uma árvore antiga dorme de pé.
Poderia já nem ser, mas é.
Um pássaro cansado voa quando quer.
Poderia suas asas inclinarem na paixão ?
O meu amor é o teu perdão e porque cometeste
Em mim a tua brisa suave.
Peço que em ti guarde,
A sombra da nossa ilusão.
Uma rosazul te guarde no coração.
Poderia ser só isso, mas não é.
Uma árvore antiga dorme de pé.
Poderia já nem ser, mas é.
Um pássaro cansado voa quando quer.
Poderia suas asas inclinarem na paixão ?
O meu amor é o teu perdão e porque cometeste
Em mim a tua brisa suave.
Peço que em ti guarde,
A sombra da nossa ilusão.
Uma rosazul te guarde no coração.
O mundo nada elimina.
Eu não estava lá,
Eu sei.
Eu não vi a vida acabar,
Eu fugi.
Eu nem sei exatamente o que senti,
Quando de repente tudo vira fogo;
Velhos, adultos e crianças,
Adubos sem herança fertilizam uma terra estéril.
A bomba é um mistério de um corpo sem vida
E Hiroshima é o cemitério de tantas almas perdidas.
Eu não estava lá,
Eu sei.
Eu não vi a vida acabar,
Eu fugi.
Eu nem sei exatamente o que senti,
Quando de repente tudo vira fogo;
Velhos, adultos e crianças,
Adubos sem herança fertilizam uma terra estéril.
A bomba é um mistério de um corpo sem vida
E Hiroshima é o cemitério de tantas almas perdidas.
Às 2hs da tarde, tempo me prendeu.
Fiquei imóvel, estendida sobre a vida,
Sem saída, sem ida, sem vinda.
Sem nada ainda.
Afogada num mar de água parada, fiz-me onda
E bati meu corpo elástico na areia
De plástico de um coração seco e duro.
Viver não é seguro.
Morrer então, completa solidão,
Livre para sempre do relógio e da mente.
Ao morrer já era 2h e 1 minuto.
Fiquei imóvel, estendida sobre a vida,
Sem saída, sem ida, sem vinda.
Sem nada ainda.
Afogada num mar de água parada, fiz-me onda
E bati meu corpo elástico na areia
De plástico de um coração seco e duro.
Viver não é seguro.
Morrer então, completa solidão,
Livre para sempre do relógio e da mente.
Ao morrer já era 2h e 1 minuto.
Se houver que não seja logo,
Que demore um pouco.
Irredutível ao nível de ser você.
E se cair, tão seca e torta,
A amizade morta velará para sempre
O ofício da paz.
À sombra do infinito
Vejo o visgo bonito da amizade com círculo de arco-íris,
Com uma estrela piscando o medo
Que renova o desejo de amanhecer outra vez.
Que demore um pouco.
Irredutível ao nível de ser você.
E se cair, tão seca e torta,
A amizade morta velará para sempre
O ofício da paz.
À sombra do infinito
Vejo o visgo bonito da amizade com círculo de arco-íris,
Com uma estrela piscando o medo
Que renova o desejo de amanhecer outra vez.
Se houver que não seja logo,
Que demore um pouco.
Irredutível ao nível de ser você.
E se cair, tão seca e torta,
A amizade morta velará para sempre
O ofício da paz.
À sombra do infinito
Vejo o visgo bonito da amizade com círculo de arco-íris,
Com uma estrela piscando o medo
Que renova o desejo de amanhecer outra vez.
Que demore um pouco.
Irredutível ao nível de ser você.
E se cair, tão seca e torta,
A amizade morta velará para sempre
O ofício da paz.
À sombra do infinito
Vejo o visgo bonito da amizade com círculo de arco-íris,
Com uma estrela piscando o medo
Que renova o desejo de amanhecer outra vez.
Silêncio absoluto.
Não sei onde andarás.
Um velho conto de Machado de Assis,
Uma música de Paulo Diniz. Qualquer coisa prediz o triste,
A nossa essência insiste. Penso tanto em você.
A vida começa a chamar,
Talvez seja preciso acordar para outro sonho.
E é só: pedras que encantam pedras.
Vidas cegas se gastam com a chuva,
se gastam.
A insistência em escolher,
minha pressa de viver
e é só,
um nó que não consigo desfazer.
Não sei onde andarás.
Um velho conto de Machado de Assis,
Uma música de Paulo Diniz. Qualquer coisa prediz o triste,
A nossa essência insiste. Penso tanto em você.
A vida começa a chamar,
Talvez seja preciso acordar para outro sonho.
E é só: pedras que encantam pedras.
Vidas cegas se gastam com a chuva,
se gastam.
A insistência em escolher,
minha pressa de viver
e é só,
um nó que não consigo desfazer.
Aparições: guardar imagens e vozes, dias velozes, poeira e vento, limpar o momento até torná-lo claro e depois libertá-lo.
O hoje que se foi. O ontem que não é mais.
Seria difícil compreender o porquê de um gesto durar tanto tempo, avançar tanto as noites. Entretanto em alguma parte da memória registro a nossa história com uma caneta velha e imortal, torno nosso amor original.
O hoje que se foi. O ontem que não é mais.
Seria difícil compreender o porquê de um gesto durar tanto tempo, avançar tanto as noites. Entretanto em alguma parte da memória registro a nossa história com uma caneta velha e imortal, torno nosso amor original.
Oh, que dificuldade de escrever, de pensar, de viver.
Tragicamente a aurora desceu, e o que era eu não hoje sou.
Penso nas flores que furtei das janelas por onde andei. Penso nelas mortas, lembro de um antigo objeto desaparecido, sem queixa na polícia, nem nada. Penso na palavra e na solidão das canetas e no universo das mãos. Penso que a liberdade do pensamento tenha talvez corrompido os meus sentimentos e furtado minha inspiração.
Tragicamente a aurora desceu, e o que era eu não hoje sou.
Penso nas flores que furtei das janelas por onde andei. Penso nelas mortas, lembro de um antigo objeto desaparecido, sem queixa na polícia, nem nada. Penso na palavra e na solidão das canetas e no universo das mãos. Penso que a liberdade do pensamento tenha talvez corrompido os meus sentimentos e furtado minha inspiração.
Como um propósito sem fim, dei um fim ao meu propósito. Enviei o meu risco a você. Não sei o que espero. A luta diária às vezes requer tanto de mim...
Luto mesmo assim. Corro perdida por entre a vida de pessoas conhecidas ou desconhecidas, todas esperam que eu diga o que eu vejo. O velho cenário é o palco onde todos estreamos. Não importa o que vejo, realmente o que importa é o que sinto quando vejo e busco ver, pois me custa muito perceber as pequenas coisas óbvias e aí então... fecho os olhos e experimento a vida.
A gente precisa voltar ao que era antes da gente ser.
Luto mesmo assim. Corro perdida por entre a vida de pessoas conhecidas ou desconhecidas, todas esperam que eu diga o que eu vejo. O velho cenário é o palco onde todos estreamos. Não importa o que vejo, realmente o que importa é o que sinto quando vejo e busco ver, pois me custa muito perceber as pequenas coisas óbvias e aí então... fecho os olhos e experimento a vida.
A gente precisa voltar ao que era antes da gente ser.
Só me resta tentar. Ir além do mar, banhar-me em águas que refletem a condição. Viver é ter que ser alguma coisa, antes para si e encontrar-se é ver o todo quando se é parte. Reparte metade e a entrega é fatal, saber alguém como a si mesmo. Talvez não, quem sabe a estrada tem uma só mão. Quem sabe a poesia é chá com torrada ? Mais além, voarei, entre o tempo e o espaço, eu serei aquela que tenta.
Minha solidão é a solidão de ninguém. De um trem vagando no trilho, de um trem invisível perdido na cidade do medo.
Minha solidão é meu segredo. Não conto a ninguém.
Nem durmo sequer. Mantenho a água fervendo, mas não tenho pressa de atender ao telefone, se ele toca uma canção que me faz esquecer. Esquecer ou lembrar?! São tantas canções... Minha solidão é sonhar, não como um sonho noturno no meio de julho. Sonhar como árvore, sonhar verdadeiro, sonho de raiz. Pois um dia eu quis que a minha solidão fosse nossa. E que minha vida fosse composta de teu morno delírio. Hoje morte de frio no sereno da saudade. Minha solidão é minha própria liberdade.
Minha solidão é meu segredo. Não conto a ninguém.
Nem durmo sequer. Mantenho a água fervendo, mas não tenho pressa de atender ao telefone, se ele toca uma canção que me faz esquecer. Esquecer ou lembrar?! São tantas canções... Minha solidão é sonhar, não como um sonho noturno no meio de julho. Sonhar como árvore, sonhar verdadeiro, sonho de raiz. Pois um dia eu quis que a minha solidão fosse nossa. E que minha vida fosse composta de teu morno delírio. Hoje morte de frio no sereno da saudade. Minha solidão é minha própria liberdade.
Vinte e uma alegrias.
Todos os dias lembrarei que a vida
se refaz em meu ser e
você sorrindo me faz parecer com um sino
que bate,
anunciando que o silêncio interior
pode ser quebrado,
o amor renovado
e tudo transformado numa aventura sincera
onde o que se espera é que a manhã
não amanheça e a gente se esqueça
que o futuro não importa.
Todos os dias lembrarei que a vida
se refaz em meu ser e
você sorrindo me faz parecer com um sino
que bate,
anunciando que o silêncio interior
pode ser quebrado,
o amor renovado
e tudo transformado numa aventura sincera
onde o que se espera é que a manhã
não amanheça e a gente se esqueça
que o futuro não importa.
Se eu cheguei, eu estava aqui.
Rubros sonhos em folha de cetim.
O mórbido bordel sem estrelas de papel.
O razoável se oculta.
Memória curta. O menino querendo crescer
e crescendo sem a gente perceber.
Canta viola, canta chorando um lugar esquecido
em minha memória
e que a felicidade de ontem se repita agora.
Rubros sonhos em folha de cetim.
O mórbido bordel sem estrelas de papel.
O razoável se oculta.
Memória curta. O menino querendo crescer
e crescendo sem a gente perceber.
Canta viola, canta chorando um lugar esquecido
em minha memória
e que a felicidade de ontem se repita agora.
Pode ser de repente.
A gente se entrega.
A imagem no espelho,
O robusto desejo
E antes que se pense três vezes.
Era tudo ilusão virtual da paixão.
Não há o que lamentar. Os erros que a gente erra
Com o tempo acerto será.
Regresso pensando em coisas
tão doces e verdes.
Regresso sentindo que o teu menino
Fez gelar a minha menina.
Sou capaz ainda.
A gente se entrega.
A imagem no espelho,
O robusto desejo
E antes que se pense três vezes.
Era tudo ilusão virtual da paixão.
Não há o que lamentar. Os erros que a gente erra
Com o tempo acerto será.
Regresso pensando em coisas
tão doces e verdes.
Regresso sentindo que o teu menino
Fez gelar a minha menina.
Sou capaz ainda.
Florestas de luto:
Devo estar mesmo triste. A poesia insiste.
É o pincel que não pinta, é a tinta.
Entre o medo e o ato, tenho pois um salto de 108 Km.
A chuva elimina o horror. Volto a sentir calor.
Os lírios despem-se. Tua voz anoitece com pressa.
E já não há alegria na minha fantasia. Só aflição do meu pranto na multidão.
Ninguém me viu chorar. Ninguém leu no meu coração a tua imagem.
Falam de mim os injustiçados, os deprimidos, os apaixonados.
E calam as flores, pois temos histórias antigas de amores despetalados.
A tua presença parte em mil partes eu-diamante.A tua presença brilhante ofusca a minha dor
E cruza a imensidão do pavor.
É sobretudo momento de tristeza bruta,
Um segredo comunica-se como um anúncio explícito,
De súbito me deixei perceber que meu amor por você luta.
É outra época. Daqui a dez anos,
Tirarei o luto e replantarei florestas.
Devo estar mesmo triste. A poesia insiste.
É o pincel que não pinta, é a tinta.
Entre o medo e o ato, tenho pois um salto de 108 Km.
A chuva elimina o horror. Volto a sentir calor.
Os lírios despem-se. Tua voz anoitece com pressa.
E já não há alegria na minha fantasia. Só aflição do meu pranto na multidão.
Ninguém me viu chorar. Ninguém leu no meu coração a tua imagem.
Falam de mim os injustiçados, os deprimidos, os apaixonados.
E calam as flores, pois temos histórias antigas de amores despetalados.
A tua presença parte em mil partes eu-diamante.A tua presença brilhante ofusca a minha dor
E cruza a imensidão do pavor.
É sobretudo momento de tristeza bruta,
Um segredo comunica-se como um anúncio explícito,
De súbito me deixei perceber que meu amor por você luta.
É outra época. Daqui a dez anos,
Tirarei o luto e replantarei florestas.
Florestas de luto:
Devo estar mesmo triste. A poesia insiste.
É o pincel que não pinta, é a tinta.
Entre o medo e o ato, tenho pois um salto de 108 Km.
A chuva elimina o horror. Volto a sentir calor.
Os lírios despem-se. Tua voz anoitece com pressa.
E já não há alegria na minha fantasia. Só aflição do meu pranto na multidão.
Ninguém me viu chorar. Ninguém leu no meu coração a tua imagem.
Falam de mim os injustiçados, os deprimidos, os apaixonados.
E calam as flores, pois temos histórias antigas de amores despetalados.
A tua presença parte em mil partes eu-diamante.A tua presença brilhante ofusca a minha dor
E cruza a imensidão do pavor.
É sobretudo momento de tristeza bruta,
Um segredo comunica-se como um anúncio explícito,
De súbito me deixei perceber que meu amor por você luta.
É outra época. Daqui a dez anos,
Tirarei o luto e replantarei florestas.
Devo estar mesmo triste. A poesia insiste.
É o pincel que não pinta, é a tinta.
Entre o medo e o ato, tenho pois um salto de 108 Km.
A chuva elimina o horror. Volto a sentir calor.
Os lírios despem-se. Tua voz anoitece com pressa.
E já não há alegria na minha fantasia. Só aflição do meu pranto na multidão.
Ninguém me viu chorar. Ninguém leu no meu coração a tua imagem.
Falam de mim os injustiçados, os deprimidos, os apaixonados.
E calam as flores, pois temos histórias antigas de amores despetalados.
A tua presença parte em mil partes eu-diamante.A tua presença brilhante ofusca a minha dor
E cruza a imensidão do pavor.
É sobretudo momento de tristeza bruta,
Um segredo comunica-se como um anúncio explícito,
De súbito me deixei perceber que meu amor por você luta.
É outra época. Daqui a dez anos,
Tirarei o luto e replantarei florestas.
Amanheço sorrindo.
E a vontade incessante de deixar você ir, sem retê-lo, sem medo.
Seca e forte como a morte.
É apenas um instante entre o escuro inicial do dia
E a minha falsa euforia.
Ergue-se o sol e com ele você.
Antes o vento balança a saudade e arrisca
No infinito o teu sorriso bonito.
No quarto subterrâneo o silêncio penetra.
O silêncio é uma promessa que não pode nunca se quebrar.
Em minha falta de pressa toda a vida recomeça
E vai se acumulando como um piano no canto da sala.
O pobre piano ignorado, inadaptável e tranqüilo.
Objeto perdido numa família perdida.
A hora é pesada de sono.
Uns olhos se fecham e se abrem.
Experimento viver e tudo que espero é um par de chinelo
E alguém que me compreenda sem tanta explicação.
De frente para esperança. Adormeço sentindo.
Nem chorando nem tampouco sorrindo.
A vida pára algumas horas e se espalha por terra molhada.
Alimentando sonhos, fiando ilusões, devorando certezas.
Para que o dia recomece e eu já saiba sofrer
Entre os mortos e os vivos. Entre o pus e o sorriso,
E o invisível colorido do amor.
E a vontade incessante de deixar você ir, sem retê-lo, sem medo.
Seca e forte como a morte.
É apenas um instante entre o escuro inicial do dia
E a minha falsa euforia.
Ergue-se o sol e com ele você.
Antes o vento balança a saudade e arrisca
No infinito o teu sorriso bonito.
No quarto subterrâneo o silêncio penetra.
O silêncio é uma promessa que não pode nunca se quebrar.
Em minha falta de pressa toda a vida recomeça
E vai se acumulando como um piano no canto da sala.
O pobre piano ignorado, inadaptável e tranqüilo.
Objeto perdido numa família perdida.
A hora é pesada de sono.
Uns olhos se fecham e se abrem.
Experimento viver e tudo que espero é um par de chinelo
E alguém que me compreenda sem tanta explicação.
De frente para esperança. Adormeço sentindo.
Nem chorando nem tampouco sorrindo.
A vida pára algumas horas e se espalha por terra molhada.
Alimentando sonhos, fiando ilusões, devorando certezas.
Para que o dia recomece e eu já saiba sofrer
Entre os mortos e os vivos. Entre o pus e o sorriso,
E o invisível colorido do amor.
Dias assim como esse.
Não chove, não faz sol,
Não faço nada.
Sigo passado, sem pensar,
Sem sentir, sem lembrar.
Dias como esse, sou feliz.
Do outro lado :
Parece poesia mediúnica
A única coisa que mede é a dor.
A dor daqui.
A dor daí.
A dor de todos os humanos que morrem
Antes de saberem o que é viver,
o que é sentir.
Não chove, não faz sol,
Não faço nada.
Sigo passado, sem pensar,
Sem sentir, sem lembrar.
Dias como esse, sou feliz.
Do outro lado :
Parece poesia mediúnica
A única coisa que mede é a dor.
A dor daqui.
A dor daí.
A dor de todos os humanos que morrem
Antes de saberem o que é viver,
o que é sentir.
Falta o ar.
Falta no ar.
Falta de você. Onde estará ?
Dormir para acalmar. Deitar sem sonhar
Arrasamento. Lamento. Sofrimento. Condicionamento. Amor sem sentimento. Momento. Arrependimento. Descobrimento.
Afastamento. Incremento. Nascimento. Relacionamento.
Temperamento. Argumento. Pensamento. Fundamento
Alimento. Casamento. Sepultamento.
Falta no ar.
Falta de você. Onde estará ?
Dormir para acalmar. Deitar sem sonhar
Arrasamento. Lamento. Sofrimento. Condicionamento. Amor sem sentimento. Momento. Arrependimento. Descobrimento.
Afastamento. Incremento. Nascimento. Relacionamento.
Temperamento. Argumento. Pensamento. Fundamento
Alimento. Casamento. Sepultamento.
A uma altura dessas eu já nem sei
o que pode estar acontecendo.
O vaso rompendo deixa a água espalhada pelo chão
E ainda há tanto tesão na nossa solidão.
Beijo tua boca e dela não me canso.
Me cansarei nunca ?
Beijo-te por inteiro e fica faltando um pedaço,
Porque a noite não cabe o meu desejo de ser.
Tudo se corrompe e nada explica o porquê.
o que pode estar acontecendo.
O vaso rompendo deixa a água espalhada pelo chão
E ainda há tanto tesão na nossa solidão.
Beijo tua boca e dela não me canso.
Me cansarei nunca ?
Beijo-te por inteiro e fica faltando um pedaço,
Porque a noite não cabe o meu desejo de ser.
Tudo se corrompe e nada explica o porquê.
Você é terrível. O túnel, a estrada, a madrugada. O medo de amar.
Eu sou terrível. Flores, palavras, poema pra recitar.
A vida é terrível. Sonhos, desejos,
Tanta mágoa para guardar.
Sejamos terríveis para ninguém notar.
Hora a hora, o tempo se demora,
Eu vou embora sem passado.
Recortando o meu medo de viver
E essa sentida ausência de você.
Buraco de mim, olho no fundo que não parece ter fim.
Preparo o dia como faria se estivesse completa.
Não estar com você não pode me impedir de ser eu.
Eu sou terrível. Flores, palavras, poema pra recitar.
A vida é terrível. Sonhos, desejos,
Tanta mágoa para guardar.
Sejamos terríveis para ninguém notar.
Hora a hora, o tempo se demora,
Eu vou embora sem passado.
Recortando o meu medo de viver
E essa sentida ausência de você.
Buraco de mim, olho no fundo que não parece ter fim.
Preparo o dia como faria se estivesse completa.
Não estar com você não pode me impedir de ser eu.
Fui roubada. A Páscoa passou pascoada.
Dói no peito uma cratera da vida ferida.
As coisas passam despercebidas.
Quero gritar e me calo.
Trovão rompendo a noite. Multidão amorfa.
E o céu distante paira sobre o medo.
Sou sozinha, agora percebo
E ninguém é por mim senão eu mesma.
Fui roubada e ainda estou viva!
Dói no peito uma cratera da vida ferida.
As coisas passam despercebidas.
Quero gritar e me calo.
Trovão rompendo a noite. Multidão amorfa.
E o céu distante paira sobre o medo.
Sou sozinha, agora percebo
E ninguém é por mim senão eu mesma.
Fui roubada e ainda estou viva!
A saudade dorme em teus braços!
Vim pensando em você e essa frase estampou-se ao natural, como um quadro verde, árvore, flores, cores e eu sem entender direito o que sou e o que preciso ser.
Tentei não esquecer essa frase. Ela pareceu-me escura e forte, como a morte? Que saudade é essa meu Deus?
E o Deus calado me faz pensar. Quero acordar dessa saudade, partir para realidade e ter você ao meu lado e então poder dormir em teus braços e a frase seria: o amor dorme dentro de nós!
Vim pensando em você e essa frase estampou-se ao natural, como um quadro verde, árvore, flores, cores e eu sem entender direito o que sou e o que preciso ser.
Tentei não esquecer essa frase. Ela pareceu-me escura e forte, como a morte? Que saudade é essa meu Deus?
E o Deus calado me faz pensar. Quero acordar dessa saudade, partir para realidade e ter você ao meu lado e então poder dormir em teus braços e a frase seria: o amor dorme dentro de nós!
O que fazer quando se olha pra o céu e se tem a impressão de que faltam algumas estrelas? Ou quando olho pra mim mesma e espero ver você? Não há nada que eu possa explicar.
Um terremoto dentro de mim e a tua inconstante presença a me perseguir, caindo tremenda como uma estrela cadente.
Ei-la diante de mim. Nua dos pés a cabeça. Tímida a olhar profundamente o perdido. O aparentemente invisível.
Trêmula, dá-se consigo mesma, estranha beleza sem forma.
Languidamente tece palavras de som ou silêncio, fazendo pensar ou não pensar. Dando prazer e suscitando a dor. Bebendo o ódio e mastigando o amor. Ei-la, maior do que eu mesma e que minha noção de espaço, a poesia infinita, fêmea criança em busca de nada.
Um terremoto dentro de mim e a tua inconstante presença a me perseguir, caindo tremenda como uma estrela cadente.
Ei-la diante de mim. Nua dos pés a cabeça. Tímida a olhar profundamente o perdido. O aparentemente invisível.
Trêmula, dá-se consigo mesma, estranha beleza sem forma.
Languidamente tece palavras de som ou silêncio, fazendo pensar ou não pensar. Dando prazer e suscitando a dor. Bebendo o ódio e mastigando o amor. Ei-la, maior do que eu mesma e que minha noção de espaço, a poesia infinita, fêmea criança em busca de nada.
Dormes triste.
Existe em ti algo de luz, verdura de pus que inflama e afermenta,
A ferida não agüenta,
A bomba explode.
Você pode. Você é.
Eu quero apenas o que der.
Lamentar de sofrer. Olhar pra aprender.
Abrir os olhos e não dormir mais, nunca mais sentir teu cheiro.
Teu corpo, tua vida. Dormes feliz, para que eu acorde triste desse sonho de passado.
Existe em ti algo de luz, verdura de pus que inflama e afermenta,
A ferida não agüenta,
A bomba explode.
Você pode. Você é.
Eu quero apenas o que der.
Lamentar de sofrer. Olhar pra aprender.
Abrir os olhos e não dormir mais, nunca mais sentir teu cheiro.
Teu corpo, tua vida. Dormes feliz, para que eu acorde triste desse sonho de passado.
Dormes triste.
Existe em ti algo de luz, verdura de pus que inflama e afermenta,
A ferida não agüenta,
A bomba explode.
Você pode. Você é.
Eu quero apenas o que der.
Lamentar de sofrer. Olhar pra aprender.
Abrir os olhos e não dormir mais, nunca mais sentir teu cheiro.
Teu corpo, tua vida. Dormes feliz, para que eu acorde triste desse sonho de passado.
Existe em ti algo de luz, verdura de pus que inflama e afermenta,
A ferida não agüenta,
A bomba explode.
Você pode. Você é.
Eu quero apenas o que der.
Lamentar de sofrer. Olhar pra aprender.
Abrir os olhos e não dormir mais, nunca mais sentir teu cheiro.
Teu corpo, tua vida. Dormes feliz, para que eu acorde triste desse sonho de passado.
Hoje sou invisível. Você me atravessa. Não movo palavras, não falo objetos. Estou sempre pensando em tomar uma decisão. Observação e deixo de pensar. Por algo qualquer, faço-me mulher dura e forte, torno-me visível. Inflexível decisão é decidir com a mente e só agir com o coração.
Ouvir tua voz. Sinto o vento. Ouvir por um momento e acreditar na vida. Sinto a brisa.
Não ouvir nada, para sentir tudo.
Ficas mudo e meu coração fica feliz.
A guerra acabou, baixemos as armas e louvemos o amor.
Ouvir tua voz. Sinto o vento. Ouvir por um momento e acreditar na vida. Sinto a brisa.
Não ouvir nada, para sentir tudo.
Ficas mudo e meu coração fica feliz.
A guerra acabou, baixemos as armas e louvemos o amor.
Sinceramente, a cura não vem da mente, no meio disso tudo, a vida;
Não tem saída. Exceto buscar no encontro o desencontro, o desavesso, o descomeço. Acho que esqueço e a poeira volta a sentar no seu lugar. Mas apagar o hoje, até quando?
Estou brincando de viver e temo que possa afinal ter um machucado real no meu coração ou em parte de mim presa a alguém.
Não tem saída. Exceto buscar no encontro o desencontro, o desavesso, o descomeço. Acho que esqueço e a poeira volta a sentar no seu lugar. Mas apagar o hoje, até quando?
Estou brincando de viver e temo que possa afinal ter um machucado real no meu coração ou em parte de mim presa a alguém.
Meu coração foi flechado e lhe pergunto: você está apaixonado?!?
E ele me diz não sei; Não sei é tudo, é silêncio mudo.
A saudade aumenta a estrada, espero não ser magoada.
Espero você me sorrindo, que lindo!
Não maior surpresa que a incerteza que nos devolve com a clareza a verdade do amor. Acho que estou, lembra o coração.
E ele me diz não sei; Não sei é tudo, é silêncio mudo.
A saudade aumenta a estrada, espero não ser magoada.
Espero você me sorrindo, que lindo!
Não maior surpresa que a incerteza que nos devolve com a clareza a verdade do amor. Acho que estou, lembra o coração.
Hoje não quero falar de tempo.
A poesia desce macia e escorrega no papel.
Houve uma explosão no meu coração e quem estava dentro, se foi?
Está tudo em pedaços. Pequenos pedaços de você circulam pelo meu sangue.
É janeiro, foi outubro, será sempre?
Espero todos os dias de amanhã e os que não espero são os que já foram.
Foram e não voltam mais. Hoje não quero falar de tempo, mas o tempo prediz um amor que está durando.
A poesia desce macia e escorrega no papel.
Houve uma explosão no meu coração e quem estava dentro, se foi?
Está tudo em pedaços. Pequenos pedaços de você circulam pelo meu sangue.
É janeiro, foi outubro, será sempre?
Espero todos os dias de amanhã e os que não espero são os que já foram.
Foram e não voltam mais. Hoje não quero falar de tempo, mas o tempo prediz um amor que está durando.
O sol está forte. Não tenho lá muita sorte.
Embora tema a morte. A noite ronda ao meu redor.
Penso no amanhã e uma casinha branca com um rio no fundo reluz no meu pensamento.
Ainda não é tempo de ir.
Não preciso ser franca. Não sou fraca.
Serei apenas o que o possível permitir. Estou sentindo falta de mim e você?
Embora tema a morte. A noite ronda ao meu redor.
Penso no amanhã e uma casinha branca com um rio no fundo reluz no meu pensamento.
Ainda não é tempo de ir.
Não preciso ser franca. Não sou fraca.
Serei apenas o que o possível permitir. Estou sentindo falta de mim e você?
À luz da dor. Alguma coisa esquenta aqui dentro.
Será pensamento? Será sentimento? É melancolia!
Achar que eu ia e não fui e não vou.
Achar que o mundo depende de mim e que meu encanto dura tanto quanto uma noite de verão sem fim;
Alô, alô paciência. Disco no tempo a saudade. Agora parece tarde, seja cedo, mais cedo que a solidão.
Será pensamento? Será sentimento? É melancolia!
Achar que eu ia e não fui e não vou.
Achar que o mundo depende de mim e que meu encanto dura tanto quanto uma noite de verão sem fim;
Alô, alô paciência. Disco no tempo a saudade. Agora parece tarde, seja cedo, mais cedo que a solidão.
Assinar:
Postagens (Atom)