quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Para meu pai:
De todas as maneiras não ditas e ditas
Talvez com insensatez.
Na escuridão de um momento,
Nas laterais de um sentimento,
Ficam abertas,
Expostas ao mundo.
Nasci ontem, anteontem, antes de todos os hojes,
Nasci de você e cresci ao perceber balas redondas,
Noites negras, chão frio.
Quando tudo parecia despertar e em torno de mim,
O de sempre,
Aquele que esteve presente na minha dor,
Na minha alegria, então descobria
O meu amor por você, antigo e forte a me guiar,
A ser luz.
Pelo que sei e também não sei,
Pelo que és.
Tua fronte envelhecida,
Teus olhos bravos,
Teus cabelos calvos,
Tua musculatura cansada,
Mas reanimada pela minha certeza de proteção.
Porque onde vais, levas também meu coração
E onde estou,
Guardo-me do medo de enfrentar a vida sozinha.
Pai sou tua menininha e tu,
o meu herói,
o que me salva mesmo quando não estou em perigo.

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