quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O que fazer quando se olha pra o céu e se tem a impressão de que faltam algumas estrelas? Ou quando olho pra mim mesma e espero ver você? Não há nada que eu possa explicar.
Um terremoto dentro de mim e a tua inconstante presença a me perseguir, caindo tremenda como uma estrela cadente.
Ei-la diante de mim. Nua dos pés a cabeça. Tímida a olhar profundamente o perdido. O aparentemente invisível.
Trêmula, dá-se consigo mesma, estranha beleza sem forma.
Languidamente tece palavras de som ou silêncio, fazendo pensar ou não pensar. Dando prazer e suscitando a dor. Bebendo o ódio e mastigando o amor. Ei-la, maior do que eu mesma e que minha noção de espaço, a poesia infinita, fêmea criança em busca de nada.

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