segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um ano azul

Morro de saudades de você criatura, tão linda e pura,
tão cintilante e passante.
De ti surgem flores, cores, borboletas, pequenas poesias sem fim.
Saudades de tomar cerveja no chão com conversas boas, quentinhas, vivas.
Enfim...saudades desse oceano que carregas,
dessa paz sem trégua, dessa conexão.
Aqui tudo em paz,
ainda estou pegando devagar...
Manda-me fotos, teu endereço, manda lembranças, palavras,
meu coração tá URGENTE!!!!!!!!!
Um ano azul, iluminado, iluminando, cuida-se menina.

Algo sem nome

Foi assim que me senti,
como se a areia assentasse à praia,
sussurros, silêncio, coincidências, devaneios.
Teria permanecido dias em tua companhia,
fazendo loucuras, brincando,
re-descobrindo pequenas alegrias e sonhos.
Um bálsamo, água de cachoeira,
tarde inteira de junho.
Então, fiz meu caminho de volta com a alma
feliz, também um pouco triste, anuviada
com o sempre desconhecido amanhã.
Tornarei a ver-te?
Perdoe-me, mas devias ter roubado de
tua boca um beijo, no entanto,
tive medo, medo de não ser correspondida,
medo de ser bom demais e aventurar-me
em águas desconhecidas,
mas também não.
Dentro de mim mora essa beleza,
esse desejo ainda, que não sei,
também sentirás ?
Aguardo que esse seja o início
de algo sem nome,
mas férreo, verdadeiro
e puro como um diamante.
Não há o que retribuir,
ambos enchemos nossas"taças" de vinho
e saboreamos o mistério da vida.
Embora vez por outra a mesma vida pregue peças,
e não antecipe em dias o prazer
de momentos tão raros.
Ainda aguardo tua cartinha
e logo também estarei te contando
mais sobre essa menina-mulher,
e um pouco do que me vai no peito,
se quiseres saber, é claro.
Que a mãe divina te ilumine.
Obrigada pela poesias que és,
e por compartilhar comigo, a mesma
era.

Fazer caminho

Acho que te escreverei...rs
Feliz por sabê-lo feliz,
Aqui, felicidade carece de um coração.
Chove um pouco,
me sinto carente...
mas então é isso,
cubro-me de chuva
e seu manto renova minha alma,
molha de esperanças os
pés que insistem em fazer caminho.

Confissões a uma Amiga-irmã

Oi, tudo bem? Estou querendo te ver de verdade, um tempo pra conversar... essas coisas. Plantas, vinhos, saber de você por você, pois os outros... esses sabem bem pouco de ti. Ou será eu que não sei de nada? Sermão?! Não!! Quero saber de você e falar de mim. Beijos e grande abraço.

Amiga-irmã

Tenho acordado com os pássaros e cantado para espantar tristeza. Tristeza de quê...me perguntarias,
tristeza dessas guardada nos livros de Gabriel Garcia Marquez ou nas poesias longíquas de Neruda.
Nada que ofusque ou maltrate. Talvez nem seja tristeza, nostalgia de roda vazia sem fumaça no ar, sem a casa cheia de amigos, sem crianças crescendo, em banho de sol ou de lua, sem comidinhas compartilhadas.
Vontade de ficar junto também, esparramada, sem amarras de julgamentos. Saudade também de ter um amor com gosto de café e pãozinho quente de manhã. De ter música junto, sonhos, terra. Mas também não me ouriço, como diria Renato Russo " a solidão até que me cai bem"(rsrs) Depois de muito tempo, revi meu bem, em São Lázaro, estava lindo... É sempre estranho revê-lo, deve ser assim todos os grandes amores, um lugar interditado dentro de mim, bomba de Hiroshima, poesia velha e sem rima, gosto estranho de algo que não existe mais.
No trabalho, aprendendo a ser cobra, talvez cobra de vidro, transparente e mansa, também cansada de descobertas de outras de pessoas, aquelas como tu dizes, com quem temos que aprender a não ser. Fadiga de ter lido um pouco Marx, causa-me um certo tédio. Bem, é isso e aquilo, inferno astral para o paraíso, certeza apenas do agora.
Acho que estou precisando ir ao Capão, fazer fogo, dormir com o corpo colado na terra, ouvir o coração da vida, não fazer nada, senão caminhar com meus pensamentos fora do lugar.
Ver a nêga gargalhando, você cantando músicas de outras eras, Patrícia deslizando, esporádica e o mundo inteiro a nosso volta, um presente, êxtase.
Ah, quanto aos que falam de mim, cheguei à conclusão de que sou um fato social(rsrsr), felizmente há as(os) que me amam e me guardam, as/os poucas(os) que escolho e me escolhem sempre. Ser amigo é conhecer o silêncio do outro e também quando a alma está berrando um pouco de colo.Te amo-te...Beijocas
Sempre sua,
Gaia : )

Aí tem brisa ???

Também aqui faz frio,
frio de dias brancos e
de chuva calma.
A vida...
o feminismo a respirou.
entretanto venho caçando borboletas,
relendo cartas,
sonhando em sonhos,
buscando transformar.
Sua falta é clara,
mas conectiva,
de poesias cintilantes.
Saudades sim, de entrar em teu quarto,
sentir o seu mundo
e esvaziar os copos de lembranças e conversar
sobre coisas amenas.
Manda-me teu endereço,
vamos fazer longas cartas
e dizer segredos, louquices..
Ainda permaneço pomba,
talvez um dia,
uma pomba-alegria,
Desejo serenidade e compreensão,
o amor é feito de "silêncios e sons".
Um beijo nas asas da brisa.
Aí tem brisa ???

Partida prematura

Ainda estamos todos tristes com a partida tão
prematura de Dona Marla.
Mas tenhamos conforto da bondade que lhe havia,
da ternura que sempre iremos beirar possuir.
Da beleza risonha e límpida,
do afeto, da disponibilidade.
Eu mesma não sei como será voltar
aí nessa casinha...mas tenho fé que
o Deus que é amor, em que creio
e sei que também ela acreditava, nos ajudará a passar por isso.
Sem muito mais, senão o silêncio, aqui varando a madrugada perfumada,
pensando em políticas para as mulheres.
Enviando poesias, textos, palavras...
Tua amizade me faz falta.