quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Minha solidão é a solidão de ninguém. De um trem vagando no trilho, de um trem invisível perdido na cidade do medo.
Minha solidão é meu segredo. Não conto a ninguém.
Nem durmo sequer. Mantenho a água fervendo, mas não tenho pressa de atender ao telefone, se ele toca uma canção que me faz esquecer. Esquecer ou lembrar?! São tantas canções... Minha solidão é sonhar, não como um sonho noturno no meio de julho. Sonhar como árvore, sonhar verdadeiro, sonho de raiz. Pois um dia eu quis que a minha solidão fosse nossa. E que minha vida fosse composta de teu morno delírio. Hoje morte de frio no sereno da saudade. Minha solidão é minha própria liberdade.

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