sexta-feira, 18 de julho de 2014

Gosto de você!

Gosto do teu gosto, do teu beijo, do teu rosto. Gosto desse corpo, todo louco, todo azul. Cinzas, olhos nu. Gosto da tua pele, do teu cheiro, da tua alma. Gosto como gostas, da certeza que me acalma. Gosto quando falas baixinho poesias, ou quando vira a cara, por ciúmes, fantasias. Gosto de você, que só não gosta do que sou... Ainda que fingindo, tu me negues teu amor. Gosto de você!

Partida da chegada

Preciso voltar a compor, preciso voltar a me expor e de um espaço grande para expandir minha dor. Não há contra-tempo, que afaste o movimento do centro, do hemisfério, de dentro, do império, dessa lida, dessa vida. Penso que nada acontece entre quase e nunca, enquanto. O risco envelhece, o medo, a tristeza cresce, brotam rugas, sem segredo. Não há contra-tempo, contra-nada, que impeça a partida da chegada.

O(s) sonho(s)

Caem versos, caem, de mim para ti, de ti ouvir, invento, in brisa, intento, escapar ao movimento que desliza, o de dentro, o que se abriga, como pétala de flor, procurando, procurando um amor. E para esclarecer. És clara em ser, parte dessa flor que sou e tens o brilho e a cor. e eu, o(s) sonho(s).

A realidade

Ao olhar e ver para dentro de você. ver na íris brilhante que não me perdoava. Ver tua mágoa por não poder mais. E sentir-me profundamente triste por tudo ser tão claro e irresoluto. Ter vontade de chorar mesmo, de espernear como uma criança que não quer muito e mesmo o quer por direito, decidem que ela não pode. Diante de você e de tudo já visto antes, a antiga sensação brotando no centro do peito e eu me dizendo, estou só, é isso, estou só? Querer gritar e não achar-se no direito, querer fugir e todos os lugares que penso ainda cabem nós dois. Ainda bem que és jovem e tua vida não vê os dias como se fossem um morango que esquecera na geladeira por muitos anos... e ao vê-lo, ter um enorme sentimento de chorar. Chorar por nós mesmos, chorar pelo outro que ainda somos nós, e sobretudo chorar a sós, às escondidas e sem lágrimas. Apenas no peito uma inflamação da alma. Não é tanto tua falta que sinto. Não é mais. Depois de tantas idas e vindas, as águas ficaram mais claras e percebi que o fato das coisas serem profundas não explica, nem sequer justifca a dor, as dores. De tudo que sei, lamento apenas ter que gaurdar para sempre o teu olhar e ter visto nele, toda a nossa vida esgotada. sem passado, sem futuro, de fora absorvo somente a ausência. Sei que não tardará, o outono beija a boca do inverno, o inverno virá e talvez não seja agradável sentir o frio do meu corpo distante, para sempre distante, do calor do era amor. E hoje basta ser como uma coisa forte que ampara e desconsola. Um sossego inexplicável de ternura e tristeza medieval como águas imensas que atravesso misteriosamente para voltar a vida.

Um canto para poesia

As vezes tomo água As vezes tomo cerveja As vezes nada, às vezes VEJA. Às vezes penso em você. E não sei como ou porque, talvez seja puro atrito. Talvez respeito ao delito, ou quem sabe, pura sinceridade, do querer, do não saber, o que se esconde dentro de nós. mais que um nome, mais que uma voz. Uma experiência comum, a vida. Escondida em ferida, aventura, mistério. Um desejo além do etéreo. E nunca é tarde, para uma palavra. Algo que não pretendíamos dizer, mas o que move a você, é a poesia natural de ser.

Insano

Eu não consegui sanar essa dor dentro de mim, então, você continua assim, insano.

Só ilusão

Talvez a minha tristeza seja só ilusão. E dia 1º de abril passe florindo em meu coração, como uma mentira de verdade, ou uma verdadeira ilusão.

Tela do mundo

Estou diante da tela do mundo e nada vejo, além de estrelinhas se perdendo na imensidão. Teço um sonho: rever-te. Acelerado está meu coração. Palavras de prata em minha ilusão. falando sério, creio que a vida é "hard", "sweet hard". Não sei se espero. Sei que espero. Saudade de ti e esse termo me absorve, me locomove. Ouço tua voz nos meus ouvidos, os teus sentidos nos meus sentidos, a minha loucura. Se eu pudesse, te faria saber do meu amor, sem supor nada, sem medo de mim, nem da compreensão que tenho de ser feliz. Te quero e isso é tudo. O trabalho me espera. E me espero, enquanto estás mudo. Preciso que saibas do que necessito. Uma luz azul me faria mehor, teu colo, teu suor, nossa paixão. Como negar tudo? Como abandonar tantos momentos insanos na turbulência da Terra? Dora, chamaria esse espírito, acaso ele pudesse me ajudar e pediria que nos guiasse até aonde precisamos chegar. Já fomos tão longe para desistir assim, por nada. Já somos tão um, para nos abandormos na estrada. Meu apelo é para quem sabe a dor do que sinto. Para meu anjinho da guarda, para o teu anjinho.Para que tod@s @s anj@s junt@s e unissonamente digam AMÉM. Para que esta seja também a vontade do Pai (da Mãe). para que possamos mais. Possamos tudo. Para que o nosso amor seja capaz de transformar, de fazer de novo, de aperfeiçoar. Para que cada célula do nosso corpo conte uma estória à história. para que outras pessoas amem e não tenham medo de amar. Para que tudo aquilo que acreditei e acredito continue existindo, porque eu existo. E a magia de ser, seja valer os sonhos, seja pular da ponte, atrevessar os medos, suplantar a dor e viver de amor.

Dor de viver

Depois de tanto amanhecer, ele me aparce, me beija os cabelos, me rouba uma prece. E afirma que sofre, mas depois de tanto sofrer, como posso saber se ador que ele sofre, foi a mesma que me fez viver???

Desafio

Todo o tempo passa e haja raça e haja haver, e haja haver. Toda a nossa graça, o riso, a praça, o bem-querer. Toda a luz se apaga e a noite cala quem quer dizer. E tudo enfim, fica por um fio, como desafio ao que está por vir.

Será que a dor é a mesma?

Depois de tanto amanhecer, ele me aparce, me beija os cabelos, me rouba uma prece. E afirma que sofre. Mas depois de tantoo eu sofrer, como posso saber, se a dor que ele sofre foi a mesma que me fez viver?

Lírio perdido

Não escrever me faz sofrer o lírio perdido que há em meu ser. Jorrando a caminho, me vejo sozinho. e sou planta, e sou só, mas não escrever me faz pior.

Por hora

Você não tem desespero. Você terá coração? Você será um inteiro, movido a meia emoção? Você saberá amor ? Cantará seus versos mais tristes, se locomoverá na saudade da pessoa que não mais existe? Você, quem sabe você, não saiba de nada que penso saber, e está torto, amorfo, magoado por hora(sssssssssssss)!!!!!!!

"Chorinho"

Para parar de chorar e não falar mais em dor. De dor parar. escrevo-te esta canção, que é um "chorinho" de consolação. Para parar de sofrer, para parar de tentar, para parar de ser triste e a chuva também parar. Para parar movimento e toda forma de ação, te escrevo em sentimento, a minha mais pura emoção.

Meditação

Não sei fazer poesia, o que faço é meditação sobretudo. O que não importa, importa meu coração.

Outono outrora

Caia chuva de outono e um cão sem dono, não sabe o que é ser feliz. Velha memória de um tempo inexistente, dor que apavora a aqualquer ser vivente... metáfora do agora, antes do presente. Cai a chuva na rua de trás, que desconheço e fortuitamente chora nos pingos da hora do que seria outrora e é OUTONO novamente.

Amor de ainda agora

Se acaso elegi você para sofrer, para amar, apara amenizar o meu viver. Se acaso ainda escolhi teus olhos para recitar poesia de cicatriz da dor que é ser mar... Devo-te desculpas então, meu doce amor em vão, jamais poderei me perdoar por ter passado o tempo sofrendo, chorando, amando a dor mais do que te amando. Deixando e partindo, num mesmo ciclo de enganos. Nossa história de vida sentida por tantos anos. Tornou-se um velho enigma, que por ora não deciframos. Se acaso, ainda agora, pareço amart-te mais que outrora, é que tudo que vivi ninguém levará embora e se acaso nesse instante tu partes, sei que a vida te leva adiante desse amor de ainda agora.

Consolo

Pegar-te no colo em desleixo para abarandar a tua dor e cantar uma música distante que te faça recordar, de tudo como era antes e nunca mais será. quem dera, meu bem, te fazer de novo o menino de outrora, que nem pensava em sofrer a dor que sofres agora. Poderia falar-te baixinho ao ouvido que me escutarias, a vida arremessa de volta o prazer em agonia. Ou talvez antecipando tua dor, não te falasse nada, apenas que o sentido do amor é o passo certo na estrada, que passo a passo se faz em difícil estrada. Que não se espreita o fim, sem fim se move encantada, na delícia de existir uma relva verde plantada e um céu de estrelas tantas e tantas flores e tantas lembranças de um alguém real e sincero que será nessa estrada ua companheira, teu elo. Sei que sairias do meu consolo sem deixar de ser menino, embora um menino bobo e atrevessaria tua dor e e a dor que coexistil e dirias ao teu novo amor, peguei um atalho na estrada, mas não levou-me a nada, perdoa-me minha amada, que a minha estrada leva-me a ti.

Tontices

Se eu fosse um eunuco, seria maluco. Se eu fosse um padre, seria comadre de Deus... Vejam só! nada sou e o que sou, não posso saber, pois os gregos fizerm-me crer que não existo sem a pólis e se não existe a pólis, proliferaremos não sendo, em meio a uma confusão que está fora do meu jargão. Se não somos, ora somos então, mamelucos ou quase cristãos. Morta-fomes, sem fome de pão. Vejo-me só, sou DEUS!

Nada além

Eu hoje queria escrever um poema cor de vinho, que sangrasse meu espinho, toda a dor do Rosa, do Pessoa, do Azul. Eu hoje queria o mundo nu, carne crua, carne humana em lua, queria a cor que apalpa o invisível, o mais bonito e inevitável, a brisa que arrebenta o meu opaco. O nada aterroriza o vento e se não houvesse olhos, existiria sentimento. Olá, como vai, vida ? Direi que estou perdida e de amar morrerei, morrerei com uma taça fina que quebra em minha língua e simplesmente nunca mais. Eu hoje não queria nada além do que eu quero. (12/06/96)

Estações: amar a tempo

Vai e tem ido, a barca do desejo a muito perseguido. As nuanças crescem continuadas e se vêem partidas na estrada. É inútil tentar. Inverno, e a dor cala o interno, Outono, as folhas que caem nos enchem de sonho. Até que enfim a primavera desponta, tonta, enfeitiçada de flores, e amores embriagados de ilusão. É tão difícil dizer não, somo seres de criação e recriamos a cada instante a possibilidade do encontro (do re-encontro). É difícil também dizer sim ao que parte fatigado e reparte nossa idéia de todo, os nossos ante-projetos de suor elágrima, de fúria e desilusão. Mas depois da primavera tem-se o verão e os raios fulgurantes do novo exibem outras cores e faz nascer uma vontade escondida pela. A ânsia de se justificar, para si mesmo o que pode ser (ad infinitum). Já não é mais possível rejeitar o irresistível e fincar-se por medo ou mesmice, por encerteza ou tolice. Já não é mais. E o que se pode fazer diante de um agora inusitado é não recontar o passado, para que ele não volte. Antes é preciso deixá-lo e seguir temporariamente sem ele, até que tudo se faça (ou refaça) e que a saudade roa como a traça, cartas, cartões e fotos, e a lembrança desfigurada do tempo pouse como larva se metamorfoseando borboleta e o que era antes, não mais se reconheça. E se instale definitivamente a mediação para vivermos outras pessoas no inverno, outono, primavera e verão.

Eterno universo

As confusões se despem, dentro e fora de mim existe o que era para ser um sonho, uma alegria. E frustra-se com a luz do sol e seu próprio fel, como um dia a maia opaco, que não filtra cores, nem dissassocia emoções. Então é isso e eu já nem sei, é o lixo acumulado ao lado. É o tempo escorrendo na ampulheta e os planos que fiz, e o futuro do mistério se escondeu. Uma grande loucura agora deve estacar meu sorvete, a verdade líquida já sonhada, alardia ao estranho de uma revelação. A vida de repente ficou longa demais, abismal. Tenho vontade de correr e não corro. Tenho vontade de parar e não páro, de cuspir, ralhar, argumentar palavrões. De sair aos saltos, armada até os dentes, de não poder mais, de poder mais e não saber poder. Armada de mim mesma e dessa impáfia reveladora do que somos. E às vezes pode melhorar. Acreditando no invisível, no desconhecido, no enigmático e nessa hipótese posta sobre a mesa como toalha, tudo vai melhorar. Não compreendo. A desoladora realidade, manchetes, sangue, fome, frio e a plenitude de passageiros que em silêncio se encaminham para os seus destinos. Mas diante desse céu azul iluminado, cahamar um a amigo ou dois e chorar tudo que se passa aqui em meu peito, todas essas coisas que são. e que mesmo eu não sabendo ao certo como são, sei que são. E isso me deixa em farrapos. Porque se estou doida e sinto, é um desamparo não ser mais criança e quando o sol cansar de estar aqui, adormecer entre anjos, plumas e lençol azul. E sonhar com o fim da vida, uma casinha sem muita coisa, um rio que possa ser rio e o tempo inteiro a banhar-me, olhando as plantas crescerem e mudarem de viço nas estações. Ser tranquila diante da imensidão do mar e das contradiçoes da lida, e então sentir-me menos só, nos desastres cotidianos. E parar para poder sentir ALEGRIA, visitar minha vó, ou uma velha tia. Relembrar movimentos, ver fotos, reler minha antiga poesia e sentir ternura por estar acordada e descobrir enfim que o grande amor não deu em nada. E do crime ficou o cansaço das horas fatigadas, como vendavais despertaram em mim qualquer coisa a mais. Talvez partir, soltar todas as amarras e desembocar à luz de velas, no que sempre foi e se mistura em mim feito noite no eterno universo.

Gozo

Ali! Estou eu aqui cheia de fúrias. Avessa às calcinhas, o desejo satisfeito de língua e corpo, de fluido caindo em volúpia, numa paixão desenfreada e frenética, onde os corpos são como chama e vela juntos, dereetendo às bordas em lentas gotas quentes de prazer, umidecendo profundamente em cavidade. Não! Estou para lá, estou como um vulcão perplexo de si, jorrando seu inevitável calor para fora e para dentro da incomum experiência de jorrar-se. Estou agradavelmente entorpecida de algo que é mais que o sexo penetrante de um ser dentro em outro, é um caminho ensurdecedor de flores imponentes e viçosas que se distraem no movimento de cores e sons e aromas que possuem a tudo que sentimos, gozo!!!