terça-feira, 9 de junho de 2009

Maneira de olhar

Não sei se sou poeta. Plantaram em mim essa dúvida,
E ela floriu, branca, rósea, desajeitada como os poemas que sinto.
Então brinco,
Por favor, a quem explicar,
As ideologias reverberam,
É inútil tentar.
Não sou poeta, nunca fui, por assim falar,
Apenas respeito em mim uma certa maneira de olhar,
Vejo o mundo de trás pra frente ,
De cima pra acolá,
Dou sentido ao sentido que passa,
Invento estórias, recrio um lugar,
Bem quis dizer a todos desse meu sentir particular
Mas não sou poeta,
Não adianta tentar.
Vez por outra alguém rega sonhos
E corro ao papel para contar,
Mas para sempre guardarei os poemas
Que me existem, pois ainda não soube lhes dar.

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